sexta-feira, 6 de junho de 2014

QUANDO UMA PIADA VALE MAIS QUE UMA PORRADA


Bemvindo Sequeira
Em "O Nome da Rosa" vimos como a Igreja Católica escondeu durante séculos o tratado de Aristóteles sobre o riso. Não se podia rir, pois se alguém risse poderia também rir de Deus, o que seria uma blasfêmia.
Gosto muito de Nieztsche quando diz só acreditar num Deus que dance, e mais ainda de Osho ao dizer só crer num Deus que ria.
Em 1972 no auge do ufanismo da Ditadura havia um slogan: "Brasil, ame-o ou deixe-o".
Ziraldo demoliu a campanha com uma frase maravilhosa: "O último a sair apaga a luz do Aeroporto."
As piadas e os chistes sempre serviram na luta contra a colonização portuguesa e mais tarde contra os ingleses e norte-americanos na sua ânsia de dominação e neocolonização.
Nas Ditaduras os Ditadores são ridicularizados pelo humor dos oposicionistas.
A frase debochada, a piada, o chiste bem aplicado não tem resposta, sua função é exatamente esta: demolir o rígido, desestabilizar o farsante que se pretenda sério.
Há os comentaristas que escrevem muito e de forma profunda sobre as questçoes políticas, mas há os que com uma imagem u com uma palavra derrubam  palanques.
Nesta sórdida campanha que já se anuncia devemos ter muito humor. O humor, o deboche, a gargalhada explode na cara do hipócrita. Arranca as máscaras, desnuda os reis.
A julgar pelos termos usados na pré campanha, a julgar até pela deselegância inicial de Eduardo Campos contra Dilma, é para afirmar e crer que a campanha será a de mais baixo nível até hoje no País.
O desespero de quem está fora das maracutaias federais há doze anos e com perspectiva de ficar mais doze é gigantesco. São capazes das maiores baixarias.
Contra isso, contra azia e  a má digestão dos coxinhas, melhor que sal de frutas, são os frutos do humor.
Que cada um faça a sua parte na linguagem que melhor comunica.
Publicado originalmente em Blog do Bemvindo em 6 de junho de 2014

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